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O que é a Síndrome do Bonzinho e como saber se você tem

Atualizado: 7 de out. de 2021



Quantas vezes você disse “sim” quando queria dizer “não”? Quantas vezes você fez coisas que, lá no fundo, contrariavam tão profundamente sua verdade interior, que sentiu um embrulho no estômago, um aperto no peito ou como se tivesse que engolir um sapo que acabou entalado em sua garganta? Se você já passou por situações como essas ou afins, não se preocupe: você não está sozinho. Todos temos PARTES boazinhas em nossa mente.

Essa PARTES são pequenos “você”, cujas experiências de aprendizado não foram tão bem-sucedidas. Imagine que, dentre as milhares dessas PARTES habitantes de sua mente, muitas delas caracterizam-se por serem boazinhas. E o pior: são as mais bem aceitas pelas pessoas que as cercam. Isso porque conseguem agradar à sociedade e atender a todos os padrões de comportamento da comunidade da qual você faz parte.


No meu terceiro livro “Não seja bonzinho... e ganhará a sobremesa” (Amazon) – em processo de finalização – discutirei exatamente como a sociedade e suas instituições nos limitam em suas celas comportamentais, conduzindo-nos como gados ao abate à impossibilidade da realização pessoal. E tudo isso sem que sequer notarmos. Somente quando chegamos à idade adulta, cheio de responsabilidades, notamos quantos sonhos deixamos para trás. Não falo aqui de dinheiro ou realização material, mas de ir ao encontro de uma relativa felicidade, aquela que vem na carona da nossa missão neste planeta, das nossas superações.


No capítulo “Somos todos programáveis”, demonstro como somos programados, desde à mais tenra idade, a seguir o sonho de outras pessoas, castrados por uma sociedade que poda nossas ambições mais profundas. Somos calados facilmente na fragilidade de nossa infância e tratados como aberrações quando manifestamos nossa aspirações diante dos vigilantes do status quo. Tudo isso vai reforçando em nós a necessidade de calar-se diante do mundo que nos cerca.


Em seguida, dedico três capítulos às instituições mais relevantes da nossa sociedade, aquelas que nos moldam de acordo com os seus padrões. Primeiramente, a família, que tende a perpetuar modelos de educação e moldar seus filhos para o consumismo e para apresentar-se à sociedade com uma postura de “bom rapaz” ou “boa menina”. Em segundo lugar, a educação, que mantém a tradição de informar sem estimular a capacidade de pensar por si só. Por último, a religião, repressora por natureza, busca encorajar a obediência cega e a inação diante das mazelas do mundo.


Quando agimos como pessoas “boazinhas”, posturas permissivas e condescendentes fazem parte de nossa rotina desde muito jovens, pois, em geral, nascem das nossas relações conturbadas com nossos pais e vão se intensificando nos vínculos que criamos no dia a dia: na escola, na igreja que frequentamos, em contato com a mídia etc. Então, vamos acumulando dificuldade atrás de dificuldade nos mais diversos ambientes, pois não poderemos jamais sermos quem somos, sob a pena de sermos excluídos daquele grupo.


Na segunda parte do livro, apresento exercícios que ajudarão o leitor a olhar de frente suas limitações. Uma vez que entendermos como somos programados, poderemos aprender a nos reprogramar. Vou demonstrar técnicas simples que lhe proporcionarão a possibilidade de entender a relação entre nossas programações e nossas limitações mais profundas, tendo como ideia básica de que, sem o autoconhecimento, não seremos capazes de alcançar a compreensão necessária às mudanças com que sonhamos.


Enfim, todas essas posturas limitantes que vêm se repetindo durante sua vida têm solução. Dá trabalho, mas é possível reprogramá-las. Comece a fazer o papel de observador da sua mente. Você não é a sua mente! Então, passe a observá-la a cada comportamento que conflitua com a sua real vontade. Você vai notar que esse pequeno “você”, essa PARTE de sua personalidade, é uma criação sua, portanto, passível de ser reprogramada. Não seja bonzinho! O grande prêmio não está reservado para os que se apresentam submissos e condescendentes aos desafios terrenos.




Sobre o autor: 
Professor, Neuroeducador, Master Practitioner em PNL e Coaching de vida –é fundador, junto de sua esposa, Sílvia Reze, 
do Instituto Recomece. 
 

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