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Como lidar com os problemas?


mulher se abraçando, amor próprio

Sempre gosto de lembrar que nossa Mente busca evitar repetir no futuro as memórias equivocadas que guardou do passado. É um mecanismo de defesa que muita gente gosta de chamar de autossabotagem. Segundo um conhecido pressuposto da Programação Neurolinguística, “Todo comportamento tem uma intenção positiva”. O que isso quer dizer? Que nenhuma PARTE de sua Mente quer “sabotar” você. Ela somente está agindo de acordo com o seu aprendizado, com o seu MAPA MENTAL.


Lembra quando você estudava para a prova, e o professor propunha uma questão que ele não havia pedido para estudar? Cada aluno reagia de uma forma. Alguns reclamavam muito e “faziam biquinho” para tentar convencer o professor, outros simplesmente não respondiam à questão. Uns iriam tentar fazer a questão até conseguir, mas sempre havia aqueles que iriam tentar colar, não é mesmo? Cada um agia com as armas que possuía. Essa diversidade de comportamentos se deve ao modo como cada aluno aprendeu a lidar com esse tipo de contratempo. Não existe o jeito certo ou o errado.


Gosto de lembrar também que nós não somos nossa Mente. Então, nosso grande desafio sempre estará em aprender a lidar com as propostas que ela nos faz 24 horas por dia. É o que está implícito no ensinamento do Mestre de Nazaré quando afirma que devemos orar e vigiar para que não entremos em tentação. As PARTES que compõem nossa Mente vão fazer propostas (em geral egoístas) baseadas em seu aprendizado, no modo como veem o mundo. Se você as aceita, pronto, caiu em tentação.


Mas calma... não é o fim do mundo! Se você não conseguir lidar com isso, tudo bem! Aceite que não conseguiu, e está tudo certo! Assim é a vida. Ela é o que é! As coisas vão acontecendo, e nós vamos lidando com elas. Nossa Mente é uma máquina de pensar, ela não para, por mais que você se esforce em meditar, ela não para. Ela foi feita para isso. Tentar contê-la é como evitar um vazamento em uma represa, usando apenas os seus dedos.


Talvez alguém possa me perguntar: “Mas isso não é conformismo?”. É uma excelente pergunta! Mas poderia responder a ela com uma outra pergunta: “Você já tentou controlar o que acontece na sua vida?”. Procure fazer isso e entenderá o que digo. Na verdade, você só precisa prestar atenção ao que vai acontecendo a cada minuto de seu dia e comparando com o planejamento que você fez quando acordou. Grande parte do que ocorrerá não estará listado no seu “script”.


Você pode até achar que estou sendo pessimista, mas o desafio continua! Agora, faça um planejamento para uma semana e anote tudo aquilo que conseguiu realizar do jeito que esperava. Mas observe também quantas intercorrências surgem no seu cotidiano. Vá percebendo que temos pouquíssimo controle sobre as coisas: um pneu furado, o leite do filho que acabou, uma gripe... acho que já deu para entender!


Agora mesmo, enquanto estou escrevendo esse artigo, minha cachorrinha começou a latir feito louca porque queria que eu jogasse a bolinha para ela buscar. Confesso que se torna bem mais difícil escrever assim. Nesse caso, uma PARTE de minha Mente me propôs que desse uma bela bronca naquele pobre (e lindo) animal. Uma irritação tomou conta de mim, mas respirei e resolvi chamá-la para brincar. Aceitei a situação que se apresentou, mas não aceitei a proposta da minha Mente. Depois de cansá-la, voltei a escrever.


Eu não havia planejado isso, entende? Assim são as coisas (aliás, ela voltou com a bolinha na boca rsrs). Isso me faz melhor do que alguém? Por acaso sou um Buda reencarnado? Claro que não! Existem outros momentos em que acabo aceitando que PARTES de minha Mente tomem o controle. Mas estou aprendendo a aceitar isso também! Tudo bem se eu “entrei em tentação”, como está registrado nas palavras atribuídas a Jesus. Aceito e me perdoo. Afinal de contas, foi assim que algumas PARTES de minha Mente aprenderam a superar os problemas.


Há casos muito mais graves que o exemplificado acima, mas isso exigiria outros artigos. O que quis demonstrar aqui é que não temos controle do que acontece como pretensamente achamos que temos. Então, só iremos aprender a viver essa vida maluca quando aprendermos a entender como funciona nossa Mente. Precisamos agir como observadores dessa máquina de pensar. Precisamos viver em harmonia com os nossos pensamentos e, literalmente, estabelecer um diálogo com ela, demonstrando que não compactuamos com sua visão egoísta de ver os acontecimentos da vida, mas sem julgamentos!


Dessa forma, quando aprendermos a aceitar a vida como ela é, estaremos caminhando a passos largos para a nossa evolução. Iremos pôr em prática o maior ensinamento de todos: “Amar ao próximo como a nós mesmos”. Aceite cada momento da vida, com as ocorrências e o que elas lhe apresentam! Afinal: É O QUE TEM PRA HOJE!



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Sobre o autor: 
Professor, Neuroeducador, Master Practitioner em PNL e Coaching de vida –é fundador, junto de sua esposa, Sílvia Reze, 
do Instituto Recomece. 
 

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