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Como deixar de ser uma pessoa reativa


mulher se abraçando, amor próprio

Na realidade, não costumamos notar, mas vivemos à mercê de pensamentos de cuja origem desconhecemos em princípio. Mudamos de humor mais rapidamente do que conseguimos acompanhar. Quem é essa voz que nos propõe que reajamos com rispidez, quando poderíamos apenas ouvir o outro? Quem é essa voz que sugestiona que fiquemos carrancudos diante de uma afirmação que nos contraria, em vez de pontuarmos nosso ponto de vista?


Aqui, cabe mais uma vez reforçar que nós não somos pessoas reativas, apenas nos deixamos levar por PARTES de nossa Mente que são reativas. E qual é a diferença? A diferença é que, como não aprendemos a entender a estrutura de nossos pensamentos — como nossa Mente funciona — isso nos coloca numa posição de meros robôs comandados por essas vozes repetidas em nossa cabeça durante o dia todo. Obedecemos a elas e sequer questionamos de onde elas vêm.


Quando somos crianças em processo de formação, vivemos várias experiências pela primeira vez. O conteúdo dessas experiências é o que vai determinar como agiremos (ou reagiremos) diante de uma mesma ou similar situação. Como ainda somos imaturos, muitas vezes não digerimos muito bem as atitudes das pessoas, o modo como elas respondem às nossas ações nessas circunstâncias e acabamos nos sentindo mal de várias formas.


É nesse momento que passamos a desenvolver aquilo que se costuma chamar de BAIXA AUTOESTIMA. Podemos nos sentir incapazes, inseguros, não amados, não merecedores ou tolhidos diante de uma situação e, assim, somos programados a nos sentir. Para sobreviver ao mundo, essas Partes limitantes precisam se adaptar a ele. E uma das formas de isso acontecer, por exemplo, é criar uma personagem para ser aceito pelas pessoas. Seremos o “bom menino”, adaptável e acomodado a tudo e a todos.


O oposto a essa postura submissa ocorre quando reagimos de maneira rude e intempestiva em resposta ao comportamento do outro. Isso se justifica pelo fato de que nos sentimos frustrados diante de nossa própria impotência em lidar como quem nos confronta. Aquela Parte de sua Mente que escondeu tão bem as suas limitações e foi submissa agora é exposta, e isso provoca uma reação automática em frações de segundos, tempo impossível para evitar o desastre.


Depois que a reação acontece, é como jogar penas em um vendaval. Não há como recolhê-las. Frustração e raiva se abaterão sobre nós e nos deixarão um sentimento de desânimo com o fato de termos perdido mais uma vez a cabeça... e a batalha contra nossa Mente. Isso gera um ciclo vicioso em que nos sentiremos cada vez mais incapazes de lidar com essas situações e só mudaremos isso quando mudarmos a forma como pensamos, ou seja, a estrutura de nossos pensamentos.


Então, deixar de ser uma pessoa reativa passa necessariamente pela busca do autoconhecimento. Precisamos fazer um pacto com nós mesmos para não mais negligenciarmos o fato de que estamos sendo dominados pela nossa Mente. Ela pede, e nós atendemos! Ela propõe, e nós aceitamos. Até quando? Até que nossas frustrações nos deixem cansados de lutar? Até que tudo isso nos leve a uma depressão?


Nossa Mente é caprichosa como uma criança birrenta! Se você tem filhos, sabe do que estou falando; se não tem, já deve ter visto uma. Sabe quando a criança chora até ficar vermelha para conseguir o que ela quer? Assim são as Partes de nossa Mente. Duvida? Repare quantas vezes um pensamento se repete em sua cabeça. Desafio você a anotar esses eventos e perceberá que a persistência é o grande trunfo dessas Partes. Na nossa cabeça só cabe um pensamento de cada vez. Então, está na hora de virar o jogo. Não será fácil!


Em primeiro lugar, comece a prestar atenção aos seus pensamentos. Não deixe que eles fiquem à solta. Vá prestando atenção nas propostas que vêm através deles. Isso o coloca numa posição de observador. Se achar interessante, comece a anotar tudo o que se repete no seu dia a dia. Faça um diário com essas informações e vá comparando às reações que costuma apresentar. Conforme você vai tomando ciência desses pensamentos nessa nova posição, vai deixando de dar força a eles, pois já não compactua com eles.


Ser reativo nada mais é do que VIVER NO AUTOMÁTICO. É permitir ser dirigido por sua Mente reativa. Ela tem suas razões para isso, como já vimos. Deixar de ser reativo, portanto, é buscar autoconhecer-se e encontrar recursos para que suas Partes carentes melhorem sua autoestima. Na dificuldade de encontrar saída, busque a ajuda de um bom terapeuta e verá sua vida dar um salto como você nunca sonhara antes.


Dica final: Sugiro que leia o pequeno, mas intrigante livro “Um minuto para mim” (Ed. Record, 1987), do famoso psicólogo e educador norte-americano Spencer Johnson. Lá, há muitas dicas de como se lidar com a mente reativa. Vale a pena ler essa obra!



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Sobre o autor: 
Professor, Neuroeducador, Master Practitioner em PNL e Coaching de vida –é fundador, junto de sua esposa, Sílvia Reze, 
do Instituto Recomece. 
 

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